Carla Hermann analisa a materialidade crua e rústica da série dos Bólides de Hélio Oiticica. Estas obras despertam a curiosidade do espectador através do toque de substâncias ásperas e pouco suaves. A autora argumenta que as sensações contrárias ao prazer sensorial estão no cerne da questão da criação todo o trabalho de Oiticica, sendo o uso de objetos descartados oriundos do cotidiano a maneira de estruturar a sua noção de adversidade (da vida e da arte).