Autor: Léo Rossetti
Quantas são as cores de um poeta? O que é ser um poeta inverso?
Este livro não tem a intenção de responder a estas perguntas, mas de provocar aquelas e aqueles que as leem.
Lançando mão de um artifício poético, tanto na forma quanto no conteúdo, o autor utiliza a natureza como metáfora e prerrogativa para expressar seu processo de amadurecimento enquanto um ser que vive as dores e as delícias de ser quem é.
Define-se enquanto "poeta verde" para caracterizar a imaturidade de seus primeiros versos, os quais, do mesmo modo, refletem o quão crus estariam, ainda, seu coração e sua consciência de si.
Tal como uma árvore que explode em frutos vermelhos, a fase que caracteriza o período seguinte é esta cor. Como "poeta vermelho", o autor se debruça sobre sentimentos e emoções de um adolescente em suas primeiras experiências amorosas.
O poeta seca na fase seguinte. Torna -se amargo, encolhe-se, perde a graça. Descobre-se enquanto "poeta marrom", e de suas raízes no fundo da terra encontra forças para fazer germinar uma nova árvore.
Inversamente ao que está previsto nas leis da natureza, a árvore que nasce posteriormente não chama atenção por seus frutos, mas por suas flores multicoloridas. A poesia do "poeta colorido" aborda com especial atenção a diversidade do mundo e, inevitavelmente, é nesta fase que o poeta descobre, enfim, a árvore que nele habita.