A história do café na Colômbia ensina como, agindo em favor do setor privado, o Estado se transformou em grande impulsionador do desenvolvimento econômico, implantando uma estrutura de comercialização para suprir os mercados externos e garantir a participação do país no comércio internacional.
Neste livro, aquela atuação é analisada no período compreendido entre 1927 e 1962, isto ê, desde a formação da Federação de cafeicultores da Colômbia até a criação da Organização Internacional do Café (OIC). Segundo país exportador de café, a Colômbia tem até hoje sua ação no comércio internacional administrada pela poderosa Federação, entidade respeitada pelos países concorrentes do café colombiano, a começar pelo Brasil.
O desenvolvimento do café originou na Colômbia uma classe burguesa agroexportadora, ligada ao liberalismo, que se aliou às antigas oligarquias locais tradicionais, de perfil conservador. Formou-se uma composição político-econômica que redundou em uma “frente nacional” de desenvolvimento, representada pela atuação da Federação Nacional de Cafeicultores. Através do café, passou a Colômbia a participar do sistema capitalista mundial como fornecedora de um produto "colonial", na qualidade de país monoexportador.