No marcante de 2020, em 17 de março, preparando-me para dormir, o verso "A febre está à espreita" invadiu minha mente. Relutei um pouco, mas fui vencida pelo poema "REZA A OMOLU e ÒSÁNYÌN:ORIKI COMTEMPORÂNEO" e o escrevi quase sem perceber. A partir desse poema surgiu esta coletânea, que traduz a fé afrodescendente e afro-ameríndia em versos. São poemas e narrativas poéticas curtas produzidas durante a pandemia em uma busca constante por alento, reafirmando a presença viva de Orixá, dos Caboclos, Pretos velhos, Exus, Ciganos e tantas outras energias que sustentaram e sustentam o "Povo do Santo".
De Exu a Oxalá, um xirê poético. De Exu ao Povo do Oriente, uma gira de Umbanda. Há poesia no toque de todos os atabaques desse país laico!