“O Brasil é um país sem conflitos religiosos, onde as religiões convivem em paz e respeitosamente? Talvez, por muito tempo, a resposta de muitos estudiosos para esta pergunta fosse o sim. No entanto, durante todo o século XX, com a presença e crescimento do protestantismo no Brasil, os conflitos religiosos se intensificaram, primeiramente da parte dos católicos romanos contra estes, depois, com maior intensidade a partir dos anos 80, da parte dos neopentecostais e pentecostais para com os católicos romanos, espíritas e afrorreligiosos.
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O clima de confronto entre católicos e protestantes era perceptível desde a chegada dos primeiros pentecostais, que eram protestantes mais incisivos em seus métodos evangelísticos; todavia, com o surgimento do neopentecostalismo, e, sobretudo da Igreja Universal do Reino de Deus, os conflitos se intensificaram. Pode-se identificar uma luta pela manutenção da hegemonia religiosa, por parte do catolicismo, e uma luta pela hegemonia religiosa, por parte da IURD.”